O ser humano evoluiu muito com o
passar do tempo, porém ainda traz traços instintivos para garantir a
sobrevivência. Hoje ele não precisa mais ficar em estado de vigília a maior
parte do tempo como em outras épocas, mas na falta de uma ameaça à integridade
física, o temor se manifesta através de ameaças mais subjetivas e emocionais,
como por exemplo, o aumento das responsabilidades familiares ou obrigações com
o trabalho.
O sistema límbico é o responsável
por disparar, diante de situações de perigo, o alerta ao organismo.
Para podermos entender um pouco
mais este processo ele é dividido em três partes:
1. Quando o cérebro enxerga uma
situação de perigo ele ativa a amídala cerebelosa que faz parte do “cérebro
primitivo”, focando no instinto da sobrevivência.
2. Logo após aciona-se o hipocampo
onde vai haver a avaliação real do grau de ameaça, incluindo as emoções que
serão sentidas a partir desta análise.
3. Conforme a interpretação do nosso
cérebro o corpo vai criando respostas como a aceleração dos batimentos
cardíacos e as tensões musculares, pois o organismo se prepara ou para a fuga
ou para o combate.
Muitas fragilidades e transtornos
começam a partir destas avaliações individuais podendo também, serem reativadas
através de processos hereditários, trazendo as memórias de nossos familiares e
disparando de uma maneira inconsciente, muitas vezes, pelas situações que nos
deparamos ou pelo ambiente em que vivemos.
Alguns exemplos:
Síndrome do Pânico: Gera um pavor
incontrolável e muitas vezes sem um motivo aparente, levando o indivíduo a ter
medo de sentir medo novamente. Os sintomas mais comuns são náuseas, tontura,
sudorese e falta de ar.
Transtorno fóbico ansioso: são as
fobias aos animais, a lugares fechados ou com muita gente, ao medo de dirigir
ou de ficar sozinho.
Transtorno de estresse
pós-traumático: Evento traumático que deixa a pessoa com marcas emocionais e
que pode levar ao isolamento social, pois a pessoa prefere evitar tudo que gere
uma lembrança negativa do trauma, seja ele por um acidente, um assalto ou uma
agressão física. Muitas vezes apresenta reações de pânico.
Transtorno obsessivo-compulsivo (
TOC ) : São comportamentos excessivos, as chamadas manias. Atividades comuns do
cotidiano são repetidas exageradamente, como por exemplo, lavar as mãos várias
vezes ao dia, pois a maneira compulsiva é uma forma de camuflar a ansiedade.
Transtorno de ansiedade
generalizada: não é caracterizado por crises agudas, nem por alguma fobia em
especial, mas por um estado de permanente preocupação, intercalado com breves
períodos de relaxamento. O indivíduo pode apresentar tensão muscular, fadiga,
falta de concentração e irritabilidade excessiva.
Precisamos entender que a
ansiedade é uma questão de ensinar o cérebro a não interpretar determinadas
situações como riscos, ou buscar, mesmo em perigo, trabalhar a mente
corretamente e encontrar uma solução evitando o desespero.
FÁCIL?????
Talvez não seja fácil mas também
não é impossível, pois precisamos encontrar meios e nos disciplinarmos para
combater de forma positiva a estas fragilidades.
DE QUE MANEIRA???
A Microfisioterapia é uma técnica
que auxilia muito no tratamento destas fragilidades, pois busca-se a causa e o
corpo é estimulado para que haja o processo de autorregulação. Existem outros
cuidados muito importantes também através das terapias, dos alimentos, da
meditação, da prática de atividades físicas, dos momentos de lazer, e
principalmente, vigiar nossos pensamentos para que a cada dia minimizemos os
efeitos nocivos de todas estas informações “pesadas” que vivenciamos ou
ouvimos. Segundo o psicólogo Artur Scarpato, o aprendizado de técnicas de
autogerenciamento é importante para que a pessoa possa se sentir menos
vulnerável e menos impotente frente as crises de pânico.
(Trechos retirados da Revista Super Cérebro - Segredos da Mente )
Em que lado da vida você quer viver?
Deixe as tempestades passarem, amenize sua ansiedade, veja a sua superação a cada medo vencido e recolha os frutos mais saudáveis e as flores mais lindas para você e por você.
“Perguntaram ao Buda: O que você ganhou com a Meditação? E ele
respondeu: Nada. Mas, deixe-me dizer o que perdi: ANSIEDADE, RAIVA, DEPRESSÃO,
INSEGURANÇA, MEDO DA VELHICE E DA MORTE.”
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