Quem você considera como sua raiz?
Você rega essa raiz?
De que maneira você rega?
Quando falamos em pai e mãe surgem inúmeros questionamentos dentro de nós, cada um pensando de uma maneira diferente em relação aos seus sentimentos. Talvez alguns sintam muito amor, carinho, afeto e outros sentem rejeição, abandono, mágoa e indiferença.
Vamos tentar analisar uma árvore. Você é o tronco, seus pais são suas raízes e os frutos, para quem tem, são representados pelos filhos. Alguma árvore cresce forte e seus frutos são saudáveis se as raízes são fracas? Grande parte de nossas fragilidades vem de conflitos em nosso ambiente familiar pelo fato de precisarmos realmente resolvê-los neste local.
Muitos devem estar pensando, mas eu amo muito meu pai e minha mãe, faço de tudo por eles, porém tem dificuldade em abraçá-los, demonstrar sentimentos e dizer que os ama. Outros pensam que nem conhecem seus pais ou foram rejeitados a vida inteira e por isso não tem como valorizar esta raiz. Por que isso acontece?
Porque cada um carrega a sua história e nem sempre é a melhor nem a mais simples. Geralmente estamos atrelados a educação que tivemos, talvez nossas raízes nunca demonstraram carinho e amor porque nunca tiveram e consequentemente seguimos o mesmo ciclo vicioso criando armaduras como proteção.
Independentemente da presença ou não desta raiz precisamos nutrir dentro de nós sentimentos de gratidão, pois se estivermos bem nutridos dificilmente nosso corpo e nossa mente adoecem.
A maioria de nós somos reflexos de nossos pais, não porque eles são culpados, assim como nós também não somos, mas sim porque nossa memória biológica é intensa e repetimos muitas ações que repudiávamos e quando observamos com atenção estamos agindo da mesma maneira que eles agiam, talvez com menor intensidade.
Você já percebeu que muitas histórias se repetem? Um exemplo é o filho que vê o pai beber e bater na mãe e sente muito medo com esta situação, porém cresce e começa a manifestar a mesma informação que recebeu do pai com sua esposa apesar de ter sofrido muito quando criança. Nossa memória é realmente intensa e precisamos analisar se aquilo que não gostávamos de ver, ouvir ou sentir não está sendo manifestado hoje em nossa vida.
Não precisamos encontrar culpados, pois nós nossos os responsáveis por sair deste ciclo vicioso e para isso deve-se existir muita gratidão e um sentimento sincero de perdão.
Ninguém agradece e nem perdoa para o outro, temos que ter consciência que este bem fazemos a nós e consequentemente o nosso lar vai ser contagiado com estes sentimentos.
Regue a sua raiz com muito amor e compreensão, certas ações não são justificáveis, porém precisamos de entendimento para seguir nosso processo de resolução e buscar o equilíbrio necessário para ter uma vida saudável e feliz.
Resumindo, alimente seu corpo com gratidão, elimine os resíduos através do perdão e não julgue, ao contrário, construa o sentimento de compreensão e entendimento.
“ O que é mais importante: Perdoar ou pedir perdão?
Quem pede perdão mostra que ainda crê no Amor.
Quem perdoa mostra que ainda existe Amor para quem crê.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais importante.
É sempre importante saber que:
PERDOAR é o modo mais sublime de crescer e,
PEDIR PERDÃO é o modo mais sublime de se levantar.”
Ricardo Minakawa
